
SAMBA DAS NOVE

João Nogueira, Paulo César Pinheiro
Poder da criação
1980
Defunto Caguete
1984
Adelzonilton, Franco Teixeira, Ubirajara Lúcio
Nei Lopes, Mussum
Debaixo do meu chápeu
1986
Chico Buarque
Meu Guri
1981
Boteco do Arlindo
Maria do Zeca, Nei Lopes
1985
Almir Guineto
Conselho
1986
É hoje
Caetano Veloso
1982
Coração em desalinho
Ratinho, Monarco
1986
Jorge Aragão, Wilson Moreira
Quintal do céu
1986
Mas quem disse que eu te esqueço
1982
Dona Ivone Lara, Hermínio Bello de Carvalho
Malandragem da um tempo
1986
Popular P, Adelzonilton, Moacyr Bombeiro
Martinho da Vila
Madalena do Jucu
1989
Destaque da época - Meu Guri
Chico (Francisco Buarque de Hollanda) nascido no Rio de Janeiro em 19/06/1944, filho do historiador Sérgio Buarque de Hollanda, mudou-se aos dois anos com a família para São Paulo. Sua casa era frequentada pelos grandes intelectuais do país devido aos conhecimentos e relacionamentos do pai. Em 1952 a família mudou-se para a Itália onde o pai foi lecionar. Retornaram ao Brasil dois anos depois indo residir em São Paulo. Foi em São Paulo que Chico viveu sua adolescência e juventude. Estudou no Colégio Santa Cruz, de padres canadenses, um dos melhores de São Paulo, que dava muita ênfase aos aspectos sociais e artísticos dos alunos, onde Chico pode desenvolver suas imensas potencialidades.
Estava assim formada a trinca necessária ao sucesso: sensibilidade e talento de Chico, ótima herança cultural familiar e oportunidades estimuladas no Colégio Santa Cruz. É considerado um dos compositores mais produtivos e mais eruditos da MPB sendo autor de mais de 300 composições tanto só como com inúmeros parceiros: Edu Lobo, Djavan, Francis Hime, Tom Jobim, Roberto Menescal, Vinicius de Moraes, Toquinho e outros. Desde 1965 participou ativamente como compositor e cantor em festivais, espetáculos teatrais e cinema. A partir dos anos 90 sua produção musical diminuiu, passando a dedicar-se mais à literatura.
Aos 22 anos, com apenas 30 composições foi o mais jovem artista a prestar depoimento no importante MIS Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, quando o então diretor do MIS, o musicólogo Ricardo Cravo Albin comparou a obra de Chico à de Noel Rosa. O jornalista Millor Fernandes considera Chico "a única unanimidade nacional". Segundo o crítico musical Tárik de Souza, "Chico é o elo perdido entre a música brasileira tradicional e a moderna MPB". José Ramos Tinhorão, um dos maiores estudiosos de música popular brasileira, afirma que "ele é o maior compositor saído da classe média após o advento da bossa nova". Foi casado durante mais de trinta anos com a atriz Marieta Severo e tiveram três filhas. A partir dos anos 90 Chico tem se dedicado mais à literatura, com várias obras de sucesso.
